Chuva
Ela que vem molhar meu pobre peito Cai com força e vem lavar enfim Esta alma triste, oca e sem jeito, Que não deseja mais ficar assim Cai lavando a minha alma escura Que ficou assim com a peleja da vida Lava muito até que fica pura E ela se mostra ao mundo, envaidecida. Cai e molha a mesma alma tosca Lava o visgo da ruindade pura Limpa minha personalidade fosca E torna minha vida menos dura Vem caindo sempre pura e mansa E acalma o burburinho do meu peito Enquanto chove, o coração descansa. Junta água, lágrimas até fazer um leito. Leito daquele “rio manso” já falado Que leva uma embarcação igual à vida Chega alguém, rema muito e cai pro lado, Pra outro vir remar até achar guarida Guarida que Deus dá na hora do descanso E que faz a alma ficar agradecida Porque o mar revolto virou rio manso E não periga que venha recaída Pássaro Feliz
Enviado por Pássaro Feliz em 19/03/2008
Alterado em 30/06/2009 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |