O Cedro de Deus
O Cedro de Deus Contaram-me uma vez . . . Que lá pras bandas do Oriente, Num dia terrivelmente quente, A noite caiu de uma vez. As árvores contorcidas se dobravam E com o uivo do vento, Parecia que choravam. Os lindos cedros do Líbano, – pois era lá o palco da história – Mexiam-se de pavor Numa triste luta inglória. E assim . . . veio a tempestade E arrasou a humanidade! “Essa mesma que ultraja a Deus a toda hora, Por tudo que faz, por qualquer coisa, por nada”. Numa luta incessante e louca, Com seu perene suicidar aos poucos, Infrutífero confronto de raças Que jamais acabará, nós sabemos, Querem terra, querem paz, querem guerra . . . E só Deus pode dizer se um dia isso se encerra! Então . . . caiu o céu sobre a terra! E lá . . . naquele mágico lugar tão sofrido, Depois de tudo se acalmar, Surge um lindo cedro atingido – porém vivo e sobranceiro – Por um raio mensageiro, Pois ficou clara a intenção do Pai Ao esculpir seu Filho crucificado No imenso tronco quase partido ao meio, Como a avisar ao mundo: “Cuidado! É Minha terra, é o miolo do mundo. Aqui meu Filho nasceu e foi desprezado”. Linda terra das mil e uma noites, Também indiscutível campo minado! E lá . . . bem no meio do mágico Oriente, Aonde a guerra vai e vem sempre quente, Continua o cedro de Deus a nos lembrar Que Ele olha sempre por nós E pelos pobres guerreiros inocentes, Crianças a atirar e se perder precocemente. E quem for o causador de mais tristeza Eternamente vai sofrer, vai pagar . . . Com certeza! Pássaro Feliz
Enviado por Pássaro Feliz em 07/08/2007
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