Viver com consciência

Ao tentar viver conscientemente, penso que primeiro, tenho que gostar de mim, me aceitar como sou, me perdoar faltas passadas, também perdoar faltas passadas de outras pessoas, me libertar do passado e criar o meu futuro. Claro, pródigo, carregado de pomos dourados, como deve ser qualquer futuro.
Tudo isso requer responsabilidades pelas nossas experiências de vida, sejam elas quais forem. Não adianta tentar parar a vida para pensar que deveria ter aproveitado mais, amado mais...Ou menos, ter errado muitas vezes, sem trabalhar tanto, mas em compensação, ter podido parar para ver o esplendor de um nascer, ou um pôr de sol, ou quem sabe... As flores do caminho! Poderia também, pensando, achar que deveria ter fugido dos perigos da mata que existe no lado escuro da vida.
Ao tentar julgar os atos das pessoas, perdi meu precioso tempo, porque se eu puder perdoá-las como a mim mesma, estarei criando um ambiente positivo e propício a mudanças e aprendizados, afinal, cada um carrega suas mágoas e suas alegrias dentro do peito e, calados ou não, vão procurando andar à sombra do acaso.
Se consigo simplificar, poderei junto com todos, receber a minha cota de tristezas ou alegrias e, assumir a responsabilidade pelo que faço, sonhar mais, abrir o peito e caminhar feliz e me defender do lado escuro e feroz da vida; não ter medo e, na procura louca de mim mesma, mansamente entender que poder aprender é infinitamente belo.

Este artigo foi criado durante um trabalho de aula, que deveria ser uma leitura de vários textos e, imediatamente, criar um texto novo.

Celeste 31/03/2003