Nossos Queridos Amigos
Falar de cães é falar de amizade pura, desinteressada, amor incondicional e para sempre. Nós nunca conseguimos pensar que estamos sós em casa, quando somos donos de um cão, por menor que seja, que não desprega os olhos de nós por um só instante e, se por acaso, der uma cochilada, não precisamos nos iludir, ele mexe os olhos acompanhando o nosso andar, até que consegue acordar e correr para junto de nós, se possível, trançando em nossas pernas, quase a nos preparar um belo tombo. O mais interessante de tudo, é que seja qual for a raça, o tamanho ou a cor, o sentimento parece sempre o mesmo com relação à nossa pessoa: proteção! Um cão bem cuidado e mesmo o que, nem tanto, é eternamente grato ao ser humano e às vezes, eu tenho a impressão de que o olhar terno quer nos dizer: não tenho fome agora, quero apenas ficar aqui olhando para você um pouco, posso? Se deixarmos, ele fica nos observando, com aquele olhar – com todas as letras – e que preste atenção, quem vai se aproximar, senão... O chegar em casa é aquela evolução, como nas escolas de samba e... Cuidado com os embrulhos! Eu sempre tive, em toda a minha vida, um cão, às vezes dois, em algumas épocas, três. A impressão que me causaram, com o passar dos anos, foi que eu tinha sempre um “alter ego”, meio diferente, porém aquela mesma sombra a me observar o dia inteiro com sua fidelidade e bons préstimos. O meu Dog Alemão, que morreu há um ano, era assim. Talvez pelo tamanho exagerado, eu me sentisse sempre bem acompanhada e chegava a falar com ele, coisas do meu trabalho, que ele parecia aprovar ou não, é claro que tudo dependia da minha cabeça. O meu trabalho atualmente é todo feito numa oficina nos fundos da minha casa, um pequeno atelier, que virou o paraíso de todos os cães que já tive e é, para o Labrador que tenho agora. Lá eu tenho uma caixinha de música, que eu falava com o King (Dog Alemão), que era o relógio de ponto. Quando eu terminava o serviço e ligava a caixinha, ele já ia saindo e me esperando trancar tudo, lá fora. Às vezes eu tento me lembrar de todos eles; os nomes, é claro, não consigo. Mas a carinha de cada um a me observar, vez por outra passa pela minha mente, sempre com aquele olhar de amor, olhar personalizado. Só para mim. Pássaro Feliz
Enviado por Pássaro Feliz em 12/03/2007
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